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Archive for the ‘Conjugalidade’ Category

 

A violência doméstica contra mulheres continua a ser uma prática “generalizada, escondida e pouco comunicada” na União Europeia, constata a agência para a igualdade de género, realçando que “as vítimas não recebem apoio suficiente”.

O Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), com sede em Vilnius (Lituânia), elaborou um relatório sobre violência doméstica contra mulheres e apoio às vítimas nos 27 estados-membros e na Croácia, a pedido do Chipre, que preside atualmente à União Europeia (UE).

Nas conclusões preliminares do relatório, a que a agência Lusa teve acesso — e que serão divulgadas online a 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres –, o EIGE regista “progressos”, mas destaca que “persistem muitos desafios”.

A agência europeia aponta duas razões principais para este cenário: insuficiente número de serviços especializados para mulheres violentadas e falta de formação específica para profissionais que lidam com vítimas e perpetradores.

O EIGE lamenta, em concreto, o caráter não obrigatório da formação destinada àqueles profissionais, bem como “a inconsistência” dos programas para perpetradores.

Segundo dados do EIGE para a UE, “nove em cada dez vítimas” de violência entre parceiros íntimos (independentemente do vínculo legal e da coabitação) são mulheres e pelo menos uma em cada cinco delas será violentada durante a sua vida adulta.

Apesar dos “progressos significativos” na criminalização da violência doméstica, a prática é “pouco comunicada” e a taxa de condenações “é baixa”, quando comparada com o número de casos registados. Simultaneamente, “as sanções raramente funcionam como impedimentos”, destaca-se.

O financiamento estatal dos serviços de apoio às vítimas “é inconsistente”, considera a diretora do EIGE, Virginija Langbakk, citada nas conclusões preliminares de um relatório cuja versão final só será divulgada no final do ano.

Simultaneamente, os serviços de apoio às vítimas “não são suficientes” e têm “uma distribuição desigual pelo país”, refere Virginija Langbakk.

Entre os 27 estados-membros, 17 disponibilizam linhas de apoio para as vítimas de violência, mas em apenas seis estas são gratuitas e funcionam 24 horas por dia.

Apesar de generalizado o acolhimento às mulheres vítimas de violência entre parceiros íntimos (com três exceções), apenas cinco estados-membros disponibilizam uma casa-abrigo por cada dez mil mulheres e só em sete deles estas instituições estão espalhadas por todo o território nacional.

Só oito estados-membros e a Croácia cumprem a recomendação de fornecer “pelo menos um centro ou um serviço de aconselhamento por cada 50 mil mulheres” vítimas de violência.

Perante este cenário, o EIGE recomenda financiamento sustentável dos serviços especializados e das organizações da sociedade civil que os garantem; formação obrigatória e sistemática para profissionais que lidam com casos de violência contra mulheres; e monitorização e avaliação dos serviços de apoio e dos planos de ação nacionais.

 

Fonte: LUSA/DN.

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Andrezza Czech, no UOL

A introdução do livro é uma conversa por e-mail. Não há páginas numeradas, nem listas com uma série de números e porcentagens. Em “Tudo o que Você Não Queria Saber sobre Sexo” (Editora Record), pesquisas realizadas por mais de 20 anos pela antropóloga Mirian Goldenberg são traduzidas em cartuns de Adão Iturrusgarai. Usando o humor como principal instrumento para falar sobre sexo e relacionamentos, o livro reúne duas grandes pesquisas de Mirian: uma sobre fidelidade e casamento, que começou a ser realizada em 2000, e outra sobre a risada, iniciada em 2010.

UOL Comportamento: Você diz no livro que as diferenças de gênero estão desaparecendo, mas sua pesquisa mostra, por exemplo, que homens ainda acham que as mulheres são péssimas motoristas e acreditam que, entre outras coisas, o maior defeito que elas podem ter é não saber cozinhar. Estamos mesmo mais parecidos?

Mirian Goldenberg: O que os homens mais dizem sobre as mulheres é que elas são românticas, sensíveis, delicadas. Mas usar apenas essas respostas seria ficar no senso comum. Aqueles que dizem que mulheres são péssimas motoristas, por exemplo, foram poucos, mas achamos importante publicar. Isso mostra que os homens mudaram, as mulheres mudaram, mas ainda há pessoas com pensamentos muito conservadores. A semelhança entre os sexos aparece mais nas pesquisas de infidelidade e iniciação sexual. Segundo minhas pesquisas, homens e mulheres começam hoje a vida sexual em torno dos 16 anos. E o que pensam em relação à infidelidade não é tão diferente.

UOL Comportamento:  Quais foram as mais respostas mais frequentes sobre o que é ser infiel?

Mirian:  Fazer sexo com outra pessoa, trair o pacto que tem com o parceiro e mentir. Muitas vezes o que mais incomoda não é a relação sexual, é a mentira.

UOL Comportamento:  Segundo suas pesquisas, 60% dos homens dizem que já foram infiéis e 47% das mulheres assumem a infidelidade. Embora os números sejam próximos, eles justificam o ato dizendo que o fizeram por instinto, pressão dos amigos, status. Já as mulheres dizem trair por vingança, solidão, carência. Essa é a maior diferença?

Mirian:  É importante saber que esses 60% dos homens traíram mais vezes do que as mulheres. Enquanto ela traiu uma vez, o cara traiu em quase todos os relacionamentos. E há essa ideia de instinto, de ser algo da natureza deles. Para as mulheres é sempre relacionado à falta de alguma coisa, é sempre a culpa do marido. Nunca a mulher fala que traiu porque teve tesão no homem, é sempre porque não se sentia mais desejada, não tinha mais romance, o marido não elogiava mais. Esse tipo de discurso em que as mulheres não assumem a responsabilidade me chamou atenção. A culpa é sempre do cara. “Se ele tivesse me dado atenção, não trairia”.

UOL Comportamento:  As expectativas femininas são sempre muito maiores do que a dos homens?

Mirian:  Sim, elas têm essa expectativa exagerada não só em relação ao parceiro, mas também com elas mesmas. Até a parte da pesquisa sobre risada mostra que há uma série de requisitos enormes para elas poderem rir mais. Para os homens, é só beber com amigos e pronto.

UOL Comportamento:  Quando questionadas sobre o que mais invejam em um homem, mulheres responderam, entre outras coisas, liberdade, independência, liderança e até fazer xixi em pé. Já os homens disseram que não invejam nada nas mulheres. Foi uma surpresa?

Mirian:  Foi uma das coisas que mais me impactou. Quase 50% das mulheres que deram depoimento para as pesquisas falaram de liberdade. Isso foi algo que me fez pensar sobre as minhas invejas. Eu não invejo a liberdade masculina nem fazer xixi em pé, mas passei a pensar que, por exemplo, invejo o fato de os homens não terem que se preocupar com o que vestir. A mulher passa por um sofrimento cada vez que tem que se produzir, e isso é uma forma de falta de liberdade também. O corpo e a aparência são formas de prisão. O cara pode usar o mesmo terno e a mesma camisa milhões de vezes e ninguém vai reparar.  Mas é impensável uma mulher usar o mesmo vestido em dois eventos. São prisões invisíveis que acabamos criando para nós mesmas. E nós ainda não quebramos essas regras.

UOL Comportamento:  Mas a liberdade que as mulheres tanto invejam seria também a sexual?

Mirian:  Claro. Elas falam primeiro em liberdade, mas depois falam sobre separar sexo de afeto, poder ter muitos parceiros, não sofrer tanto com o fim de um relacionamento… Elas invejam essa leveza masculina em relação ao sexo. É como se as mulheres terminassem, mas ficassem anos pensando no que erraram com o ex, o que fizeram de errado, mesmo quando não queriam mais aquele homem. Para elas, parece que os homens vão adiante e não carregam essa mochila.

UOL Comportamento:  Quando questionados sobre com quantas pessoas tiveram relações sexuais, homens e mulheres agiram de formas diferentes?

Mirian: As mulheres responderam com muita precisão e mostraram um discurso de que lembram muito de todos os parceiros. Já os homens foram muito imprecisos. Isso mostra que os comportamentos mudaram, estão mais parecidos, mas o discurso continua muito diferente. Mesmo tendo menos parceiras e sendo mais fiéis, os homens ficam com vergonha de dizer que dormiram com quatro ou cinco mulheres e preferem dizer não lembram. Eles ainda acham que um homem de verdade deve ter muitas parceiras e estão sempre se comparando com os amigos.Eles se comparam o tempo todo e acham que estão em desvantagem. A socialização é tão diferente entre os sexos que a mulher não se preocupa se a amiga teve 35 parceiros e ela não.

UOL Comportamento:  Quando questionados sobre o modelo ideal de vida de um casal, uma das respostas dos homens foi ter um relacionamento aberto. Isso funciona?

Mirian:  É um ideal, mas não uma prática. Pesquiso sobre infidelidade na cultura brasileira desde 1988 e encontrei duas ou três relações do tipo nesse período. O que encontro com frequência são homens e mulheres infiéis, mas relações abertas mesmo são poucas. Na prática, o que acontece é que um é infiel e o outro não fica sabendo –ou, quando sabe, é um desastre. Alguns até praticam swing, mas isso não é uma relação aberta, só é feito o que foi combinado. O relacionamento aberto é um ideal dos anos 1960, 1970, mas o que permanece mesmo é a infidelidade.

UOL Comportamento:  Você percebe mudanças de comportamento desde o início de suas pesquisas, há mais de 20 anos, até hoje?

Mirian:  Antes não ouvia tanto as mulheres dizerem que traíam. Elas eram sempre as traídas. Hoje vejo situações que me surpreendem muito, como casos em que o marido está dormindo e a mulher encontra, pela internet, um cara que nunca viu e está em outro país. Elas consideram esse sexo virtual uma traição, mas não sei se um homem consideraria. Muitas mulheres não procuram nem sexo, apenas gostam de alguém que tenha uma conversa profunda. Também é mais frequente que uma mulher mais velha namore caras mais jovens. Hoje há também mulheres que traem os maridos com mulheres, porque acham que elas escutam mais, têm mais intimidade. E encontrei até um ou dois casos de mulheres que pagaram garota de programa. Ou esses casos não existiam antes, ou não eram revelados.

UOL Comportamento:  Aproveitando o título do livro, o que homens e mulheres não querem saber sobre sexo?

Mirian: Ambos querem saber muito, mas, ao mesmo tempo, não querem, porque isso representa mexer com um monte de estereótipos, rótulos e regras invisíveis que existem. É como se houvesse uma prisão invisível em que todo mundo tem que corresponder a um tipo de performance. Dá para acabar com essas prisões e ter uma vida sexual e afetiva muito mais divertida em vez de levar tudo tão a sério. Muito homem quer que a mulher ache graça da celulite, da gordurinha… Dar uma risada é muito mais sexy do que ficar gostosa e perfeita!  É preciso inventar uma forma de viver sua libido sem seguir regrinhas.

 

Fonte: Pavablog.

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 Com o divórcio de pais habituados a cuidar dos filhos, a tendência para o litígio pode acentuar-se. Associações alertam para fenómeno da “alienação parental”, que alguns dizem não existir.

Sob a vigilância de uma funcionária, numa sala de um dos edifícios da Segurança Social em Lisboa, Luís, de 48 anos, manobra um carro telecomandado. Fá-lo seguir até ao compartimento contíguo, onde o seu filho está com a avó materna, e regressar, depois, à sala onde se encontra. Ele, Luís, não pode cruzar-se com a família da ex-companheira. Por isso pediu o carro a um sobrinho e o manobra, agora, entre uma e outra sala, a engolir as lágrimas e a humilhação. Tenta atrair Pedro, de quatro anos, que finalmente chega à ombreira da porta e, por uns segundos, levanta os olhos do carro para o pai. Nesse momento, a avó faz barulho com os sacos e o miúdo desaparece. Luís ouve: “Não vás embora, avó!”. A visita terminou.

A descrição é feita com base no relato de Luís. É a sua versão de um drama cuja veracidade sustenta em documentos e estudos e relatórios e notificações do tribunal e contas de advogados – “um monte de papéis inúteis” sobre os quais chora. A relação de normalidade com o filho terminou dias antes de o bebé completar os dois anos de idade. Hoje, Pedro tem cinco anos e não voltou a estar com o pai sem a vigilância de terceiros. Luís tornou-se no retrato daquilo a que alguns chamam vítima de “alienação parental” – o termo utilizado para designar o comportamento, em casos de divórcio litigioso, do progenitor que tem a guarda física do filho e que, perante a criança, procede a uma permanente desqualificação do outro progenitor, ao mesmo tempo que procura obstar ao contacto entre ambos, com a intenção de provocar o corte dos vínculos afectivos que os unem.

Nas vésperas do dia Internacional de Consciencialização da Alienação Parental, que se assinala dia 25, o problema mobiliza várias organizações. Entre elas os dirigentes das associações Para a Igualdade Parental (APIP) e da Pais Para Sempre (APPS), que citam dados oficiais para lembrar que, só em 2010, houve 27.556 divórcios em Portugal e deram entrada nos tribunais 16.836 processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais e 11.283 processos por incumprimento do regime acordado (de contactos ou de pagamento de pensões de alimentos). “Com o divórcio dos homens da geração pós-25 de Abril, que foram educados num ambiente de partilha, com as mulheres, das tarefas domésticas e dos cuidados dos filhos, a tendência é para que cada vez mais pais reclamem a sua guarda, o que pode potenciar os conflitos”, afirma Ricardo Simões, da APIP.

O conceito de alienação parental, contudo, é controverso. Aparentemente, a alienação parental existe e começa a ser reconhecida: o termo aparece cada vez com maior frequência em sentenças dos tribunais, como motivo para a inversão da guarda física das crianças. Os juízes que procuram utilizá-lo, no entanto, enfrentam a aguerrida e sistemática contestação de um grupo de especialistas, cujos rostos mais mediáticos são Clara Sottomayor e Dulce Rocha, ambas fundadoras da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, a primeira professora de Direito na Universidade Católica e a segunda presidente executiva do Instituto de Apoio à Criança.

Não é fácil explicar em poucas linhas o motivo da controvérsia, comum a Portugal, aos Estados Unidos, a Espanha e ao Brasil, por exemplo. De uma forma simplista, pode afirmar-se que a contestação se baseia em três factores: na designação original, que é “síndrome da alienação parental”, indicando um comportamento patológico; no facto de o conceito não ser reconhecido como válido por qualquer autoridade de saúde; e por o termo ter sido criado por um psiquiatra dos EUA permissivo em relação aos contactos sexuais entre pais e filhos, Richard Gardner, cujas teorias, denuncia Clara Sottomayor, “têm uma origem sexista e pedófila”.

O último aspecto é essencial, também, para Dulce Rocha, que não se limita a contestar a validade do conceito e nega mesmo a possibilidade de uma mãe tentar quebrar o vínculo entre pai e filho com outra intenção que não a da protecção da criança face a uma ameaça que pelo menos julga real. Apontando casos de erros judiciários, ambas consideram que a alegação de “alienação parental” “é usada para encobrir abusos sexuais dos filhos pelos homens” e constitui uma “discriminação das mulheres, encaradas como loucas, perversas, histéricas e manipuladoras”.”Ridículo”, reage Maria Saldanha, psicóloga e presidente do Instituto Português de Mediação Familiar. Pioneira no tratamento do tema da alienação parental em Portugal, defende a necessidade de, pelo contrário, proteger a relação da criança com o pai de falsas acusações de abuso sexual. A psicóloga chama-lhe “bomba atómica”. “Primeiro usam-se os argumentos do quotidiano: num fim-de-semana a criança não vai ter com o outro progenitor porque tem uma festa, no outro porque está doente, depois porque precisa de estudar…. Mas, nos casos mais graves, acabam por surgir as acusações de abuso, que têm um efeito devastador”, diz. Isto porque, confirmam os juízes, mediante aquela acusação ou da de violência doméstica, o tribunal interrompe as visitas ou estabelece um regime de encontros vigiados, como medida de protecção da criança.

Maria Saldanha considera que a lentidão do sistema “premeia o alienador”. “Por longos períodos de tempo, a criança não se encontra com um dos progenitores ou apenas o vê uma ou duas horas por semana, com vigilância, o que dá oportunidade ao outro de consolidar o processo de alienação”, acusa.

A interferência da questão do género nesta discussão é inevitável, na medida em que, no âmbito da regulação do exercício das responsabilidades parentais, os tribunais continuam a atribuir a guarda física da criança à mãe, na grande maioria dos casos, pelo que são elas que mais têm o poder de alienar. A forma como o confronto entre os direitos do homem e da mulher condiciona o debate ficou evidente em Novembro, quando duas associações interpuseram uma providência cautelar no sentido de impedir que figuras do Estado patrocinassem um congresso sobre O Mito da Síndrome da Alienação Parental. Alegaram (sem êxito) que o evento estava a ser promovido por mulheres (numa aparente alusão a também Clara Sottomayor e Dulce Rocha) que, “mais do que pró-feministas”, eram “anti-homem” e pretendiam “lançar um clima de suspeição” sobre todos os pais.

“Esta guerra ideológica em torno do tema da alienação parental, explorada por ambas as partes de forma demagógica e como se fosse um problema de género, tem sido extremamente prejudicial à defesa dos interesses da criança”, considera Catarina Ribeiro, docente da Universidade Católica e psicóloga no Instituto Nacional de Medicina Legal. Defende que o termo “é o menos importante”: “O comportamento descrito como alienação parental existe e é relevante. É verdade que em caso de litígio há acusações de abusos sexuais falsas e verdadeiras – e o que é que se faz perante isto? Não se discute como havemos de lhe chamar – estuda-se, investiga-se e criam-se condições para um despiste rápido e eficaz das falsas acusações”, defende.

Em Maio de 2009, na primeira audiência para a regulação do exercício das responsabilidades parentais, Luís tomou conhecimento de que existia uma queixa-crime contra ele, por abuso sexual. Na sessão, o acordo que vigorara até a família materna ter subtraído a criança (que passava um dia com o pai, outro com a mãe) não chegou a ser equacionado. Ficou definido que as visitas passariam a ser semanais e vigiadas. Mas nem isso aconteceu – um engano numa morada fez com que Luís só voltasse a estar com o filho nove meses e meio mais tarde.

Desde aquela data, as interrupções dos contactos, por períodos mais ou menos longos, são constantes e, nos encontros, Luís percebeu que o filho passou a chamar “pai-avô” ao seu ex-sogro. Seguindo a tese de Maria Saldanha, é uma vítima típica de alienação parental. A acusação de abusos só surgiu em contexto de litígio pela guarda da criança e acabou por ser arquivada, há quatro meses. Luís espera que esse facto permita alterar o regime de visitas. Algo que, de acordo com os princípios defendidos por Dulce Rocha e Clara Sottomayor, não deve acontecer.”Não ficar provado que houve abuso não significa que ele não tenha existido, pelo que o tribunal deve proteger a criança. Pior do que crescer sem pai é crescer junto de um pai abusador”, afirma a professora de Direito. “Mas está o tribunal a proteger a criança ao cortar os vínculos com um dos progenitores, entregando-o a alguém que, pela mesma ordem de razões, pode ser um manipulador, um abusador emocional?”, questiona António José Fialho, juiz de Direito do Tribunal de Família e Menores do Barreiro.

Interessado na questão da alienação parental e empenhado na promoção do debate, este juiz afirma que nunca utilizou aquela expressão numa sentença, mas que já se baseou no novo artigo da Lei do Divórcio, de 2008, que determina que, ao atribuir a guarda física da criança, o tribunal deve promover decisões “que favoreçam amplas oportunidades de contacto com ambos [os progenitores]”. “Não é por falta de leis que não tomamos sempre as melhores decisões, mas por falta de recursos. Já cheguei a esperar um ano e meio por um relatório de avaliação social e, neste momento, sei de exames pedopsiquiátricos marcados para 2013”, exemplifica.

No Centro de Direito da Família, em Coimbra, o procurador Rui do Carmo coordena uma equipa multidisciplinar que trabalha em várias propostas de solução para uma actuação rápida e eficaz em situações de denúncia de abuso sexual, que espera testar no terreno nos próximos meses. “Começa a cansar a permanente denúncia dos problemas, é preciso passar à acção”, critica.

No que respeita à chamada alienação parental, o presidente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, defende que agir é “promover acções de prevenção, mas também aplicar as sanções previstas na lei”. E também neste campo o ano de 2008 trouxe novidades: incorre em pena de prisão até dois anos e multa até 240 dias o progenitor que de modo repetido e injustificado não cumpra o regime estabelecido para os encontros com o outro progenitor. O crime de denúncia caluniosa – neste caso a acusação falsa de abusos sexuais – é punido com pena de prisão até três anos ou multa.

Apresentar queixa, no entanto, é algo que “não passa pela cabeça” de Luís, por exemplo: “O que eu pretendo é evitar problemas, para ter de volta o meu filho”, explica. Esta semana, dizia-se esgotado: “Já não confio na Justiça, não sei a quem recorrer”.

Ricardo Simões, da APIP, admite que há muitos pais e mães que não resistem ao esgotamento provocado por estes processos. “Não se trata de desistir dos nossos filhos. Eu não desisti. Mas não podia continuar a viver o processo com a mesma intensidade – era uma questão de preservação da saúde mental”, diz Cristina, de 42 anos. O filho, agora com 15, escolheu viver com o pai depois de um mês de férias em sua casa, aos 13. Desde então, as relações têm vindo a deteriorar-se. “Começo a conformar-me com a ideia de que tenho de esperar que ele amadureça”, diz.

A “espera”, no entanto, pode não vir a ser compreendida pelos filhos. É o que diz Sara, que só em adulta soube o que se passou no tribunal, tinha ela 13 anos. “A minha mãe disse que se suicidava se lhe tirassem os filhos e eu e o meu irmão ficámos entregues a uma mulher mentalmente desequilibrada”, resume. Sara culpa a mãe e não perdoa ao pai “que se tenha rendido, que não tenha lutado” por ela “até ao limite das suas forças”.

Hoje com 42 anos, Sara diz que, se há algo que a define, é “a absoluta intolerância, aos erros, à negligência e à indiferença dos adultos em relação às crianças”. Às vezes dá consigo “a fazer coisas que aos olhos dos outros podem parecer estranhas”. Há tempos, estava num café, em Cascais, quando entrou uma mulher jovem empurrando um carrinho com um bebé recém-nascido, conta. Apesar de a criança estar a chorar, a mãe mantinha-se indiferente e Sara não se conteve. “Dirigi-me ao carrinho, peguei no bebé, coloquei-lho no colo e quando a mulher olhou para mim, horrorizada, disse-lhe: ‘O seu bebé tem fome, sede, dor ou sono. Cuide do seu filho! É sua obrigação cuidar do seu filho!'”. (Os nomes das pessoas que se declararam vítimas de alienação parental são fictícios).

Fonte: Público.

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Estudos recentes nos EUA desaconselham o presente estilo de vida amorosa. Leia aqui.

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Um estudo realizado por uma Universidade Australiana revela o que faz com que um casal fique junto ou se separe, e descobriram que o amor nem sempre é o mais importante.

A idade de um casal, relacionamentos prévios e fumar são factores que influenciam o final de um casamento. São as conclusões do estudo em que foram analisados cerca de 2500 casais, entre 2001 e 2007.

O estudo também concluiu que maridos que são nove anos mais velhos do que as respectivas mulheres são duas vezes mais propícios ao divórcio, assim como aqueles que casaram antes do casal completar 25 anos.

As crianças também influenciam o relacionamento: um entre cinco casais (20%) que tiveram crianças antes do casamento – seja de um relacionamento anterior ou do mesmo relacionamento – separam-se, comparados com apenas 9% dos casais sem crianças nascidas antes do casamento.

Mulheres que desejam crianças muito mais do que os seus parceiros também são mais propensas a situações de divórcio.

Os indivíduos que estão no segundo ou terceiro casamento têm 90% mais hipóteses de se separarem do que aqueles que estão num primeiro casamento.

O dinheiro também é importante: 16% dos inquiridos que indicaram serem pobres, ou onde o marido (e não a mulher) estava desempregado,  disseram que se separaram, comparado com apenas 9% dos casais com boa situação financeira.

Casais nos quais um parceiro fumava e o outro não também eram mais propensos a divórcios.

Fonte: Ionline.

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Novo produto financeiro é um êxito nos EUA

Um empresário norte-americano que ficou na penúria após um longo e dispendioso processo de divórcio teve uma ideia brilhante: criou um seguro contra o divórcio. Pelo equivalente a 15 euros por mês, o casal tem direito, em caso de divórcio, a receber uma indemnização, tanto maior quanto os anos que ‘aguentar’ casado. O seguro pode ser subscrito pelos próprios ou oferecido por familiares ou amigos como… prenda de casamento.

Fonte: Correio da Manhã.

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Convívio diário entre o casal pode revelar atritos desvalorizados no resto do ano.

Pode afinal a convivência de um casal em tempo de férias ser uma causa de divórcio? Os psicólogos defendem que sim, e até existem estudos que referem que os pedidos de divórcio chegam a aumentar cerca de 30% após as férias. A “obrigação” de um convívio diário serve, afinal, para redefinir estratégias que permitem continuar a relação ou para chegar à conclusão de que o casamento chegou ao fim.

“Nestes períodos, as pessoas estão obrigadas a confrontar-se pessoalmente, o que não sucede durante o resto do ano”, explica a presidente do Instituto Português de Mediação Familiar (IPMF), Maria Saldanha Pinto Ribeiro. Ora, salienta, “quando as coisas vão mal na relação, estes momentos potenciam o confronto”.

Discurso similar tem o psicólogo e sexólogo Júlio Machado Vaz, que recorda que “as férias muitas vezes servem para se fazer balanços finais”. “Sem o stress do quotidiano, as pessoas podem redefinir as estratégias e continuar a relação ou então colocar um final no casamento”, acrescenta. Júlio Machado Vaz não esquece, contudo, os casos dos que, em tempo de férias, “descobrem que a relação já chegou ao fim”.

Um dos problemas deve-se ao facto de durante os períodos de férias não existirem as “desculpas” do dia-a-dia laboral, desde os cuidados com os filhos às obrigações decorrentes do trabalho. Uma situação que não é exclusiva de Portugal. Segundo dados do Instituto de Política Familiar de Espanha, um em cada três divórcios ocorre após as férias de Verão.

Uma realidade que se transpõe para Portugal, dizem os responsáveis da Albenture, empresa que disponibiliza serviços de conciliação da vida laboral e privada dos empregados de grandes e médias empresas, entre os quais a mediação familiar. “Muitas vezes, a falta de comunicação entre os membros do casal, que dá lugar às crises que originam separações e divórcios, tem o seu ponto de partida nos núcleos familiares em que ambos trabalham fora de casa”, salienta fonte da empresa.

Para Júlio Machado Vaz, a dificuldade de convivência diária reflecte-se até na programação das férias. “Uma variante são os casos dos casais que apenas fazem férias em grupo”, adianta, explicando que “isso é uma defesa para quem já não se consegue enfrentar”.

Receitas para contornar estas dificuldades, diz Maria Saldanha Pinto Ribeiro, “não há”. “Os direitos pessoais tornaram-se mais importantes que os direitos do grupo”, pelo que “quando o casamento não traz felicidade, parte-se para outra relação”.

Fonte: Hélder Robalo, DN.

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Pelo menos 41 mulheres foram assassinadas em 2008 em Portugal pelos companheiros, anunciou hoje a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), defendendo que este tipo de crime deve ser analisado separadamente no relatório de Segurança Interna.

De acordo com dados de um relatório da UMAR, elaborado com dados da imprensa e entregue hoje no Ministério da Administração Interna, em 82 por cento de 46 homicídios contabilizados o homicida foi o “outro membro ou ex-membro do casal”, fosse em situação de casamento, união de facto ou namoro.

“Este número assustador e trágico, que peca por defeito”, devia ter sido tratado separadamente no Relatório Anual de Segurança Interna, considera a UMAR, argumentando que incluí-lo no universo de todos os homicídios cometidos “leva à incompreensão deste especialíssimo fenómeno criminal”.

O “homicídio perpetrado contra mulheres por maridos, companheiros e namorados” precisa de ser “invertido drasticamente”, o que passará por individualizar estes crimes nas estatísticas e fazer um “alerta social enviado pelos poderes públicos à sociedade que somos e que deve conhecer-se numa das suas mais profundas patologias”, defende a UMAR.

O relatório de Segurança Interna referente a 2008 contabilizou dez casos de morte por violência doméstica, situações em que as mulheres morreram em consequência das agressões sofridas. Com os dados recolhidos na imprensa do ano passado, a UMAR traça um cenário bem mais grave: 41 mulheres mortas pelos companheiros em situações de violência conjugal, a que acrescem seis familiares – filhos, pais ou outros – também assassinados.

Em 28 dos casos, o assassino foi o companheiro da altura, fosse marido ou namorado, enquanto em 13 dos crimes, o homicida foi o ex-companheiro. Em cinco situações elencadas, o agressor era descendente directo, familiar ou desconhecido. A maioria das vítimas (20) tinha entre 24 e 35 anos. Quanto aos agressores, a maioria tinha entre 36 e 50 anos.

Fonte: Público.

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Nova lei faz disparar o número de divórcios. Separações sem mútuo consentimento podem triplicar.

Durante quinze anos, Mariana abdicou da carreira de pediatria para poder acompanhar o marido, Gonçalo, rumo  a Nova Iorque e Londres, onde é quadro superior num banco japonês na City. Depois de uma vida em conjunto passada no estrangeiro, Mariana regressou a Portugal. Sem o marido mas com os dois filhos e até já começou a trabalhar num hospital. A pediatra aproveitou a boleia da lei do divórcio, que entrou em vigor há uma semana, para se separar. “A nova legislação permite a Mariana ser recompensada por ter renunciado à profissão em prol da família. Com a anterior lei, nada receberia. No máximo teria direito a uma pensão de alimentos”, afirma a advogada Arménia Coimbra.

Já Cristina aguardava desde Julho pela pela aplicação da Lei Nº 61-2008, que entrou em vigor esta semana, porque não queria voltar a recordar em tribunal os episódios de violência doméstica de que foi vítima. Com a lei anterior, não teria outro remédio senão reviver os horrores dos oito anos de casamento, que incluíram mesmo tentativas de homicídio por parte do marido.

Histórias reais como as de Mariana e Cristina ajudam a explicar porque 2009 será “o ano de todos os divórcios”, como refere a maioria dos dez advogados especializados em Direito da Família contactados pelo Expresso. “Os casos de divórcio sem mútuo consentimento vão triplicar. E estou a ser optimista pois podem ser muito mais”, profetiza Ricardo Candeias.

Numa contabilidade feita por alto, isso resultará em, pelo menos, 4500 acções, já que em 2007 o número de rupturas litigiosas rondou as 1500 (num universo de 25 mil separações). Na mesma lógica, também os divórcios com mútuo consentimento irão disparar. Segundo a advogada Adelaide Guitart, para o dobro dos casos, “pelo menos no primeiro ano da lei, enquanto não passar o efeito de novidade”.

A possibilidade de haver 50 mil casos de divórcios no final do próximo ano não é fácil de digerir. Mas o Expresso fez uma pequena experiência que ajuda a comprovar a tese: tal como Mariana e Cristina, há entre 500 e 800 pessoas (casadas no papel mas na prática separadas) que esperaram durante meses pela aplicação da lei para dar a estocada final no casamento. “Tenho uma dezena de clientes com o matrimónio no limbo. Muitos nem sequer sabem do paradeiro do seu cônjuge”, revela Ricardo Candeias. Segundo este advogado, a lei tem o mérito de contribuir para “mudar mentalidades”. A popularidade desta lei, afiançam quase todos os especialistas, deve-se em grande parte, à eliminação da culpa como fundamento no divórcio sem mútuo consentimento. Nem todos acreditam, porém, que o litígio desapareça do dia para a noite. “O problema da culpa mantém-se, já que no tribunal discutir-se-ão os factos que levaram à ruptura do casamento, esmiuçando-se a vida privada dos cônjuges”, acrescenta Ricardo Candeias. Já no divórcio por mútuo consentimento, a grande novidade é que deixará de haver acordos prévios. “O juiz decide sobre as questões que os cônjuges não acordaram, como a casa de morada de família, as responsabilidades parentais ou a pensão de alimentos”, diz Arménia Coimbra.

Sobre a pensão de alimentos, a justiça terá mão pesada sobre os incumprimentos, o que não acontecia com a anterior lei. “Quem falhar com o dinheiro ao fim de dois meses pode ir para a prisão”, informa Adelaide Guitart.
Guerra de tachos e panelas

Para o advogado Miguel Costa Gomes, nem tudo é tão linear como parece. “O que antes era de fácil resolução, agora tornou-se numa zona de conflito. É preciso lembrar que 80% dos divórcios litigiosos terminavam em mútuo consentimento. A percentagem será muito menor”, vaticina. A advogada Liliana Ferreira é ainda mais céptica: “A lei tornará o litígio entre os cônjuges bastante maior e mais penoso. Haverá uma guerra dos ‘tachos e panelas’ na hora da partilha.”

As suas colegas Adelaide Guitart e Rita Sassetti, que esta semana sentiram um aumento do número de clientes a avançar com processos de divórcio, alertam para o perigo de os tribunais “serem entupidos com casos menores” nos próximos tempos. “Esta lei vai tornar as pessoas mais irresponsáveis, já que nem sequer se vão esforçar para se entenderem. Divorciam-se e já está”, diz Adelaide Guitart. E receia que as próximas gerações sejam de “filhos de pais divorciados”.

Como medida de prevenção, Rita Sassetti preferiu até apressar alguns processos de divórcio antes que a lei entrasse em vigor. “Estava em causa o exercício do poder paternal. Nesta área vai haver muita litigância”, adverte.

Fonte: Expresso (Ver mais aqui).

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Em tempos de crise financeira, o sexo se tornou a atividade gratuita favorita dos britânicos, de acordo com uma nova pesquisa online.
Cerca de 37% dos mais de 2 mil adultos entrevistados apontaram o sexo como passatempo grátis predileto.
No questionário de múltipla escolha, constavam ainda as opções “conversar com amigos”, “olhar vitrines”, “ir a um museu”, “nenhuma destas opções” e “não sei”.
A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de novembro pela empresa YouGov para a Terrence Higgins Trust – uma das principais instituições de caridade britânica voltada para portadores de HIV e em defesa de uma vida sexual saudável.
A organização, que faz campanha pelo sexo seguro, elogiou o fato de que foi registrado um aumento nas vendas recentes de preservativos no país.

Escoceses
Os escoceses foram os que mais votaram na opção “fazer sexo” – cerca 43% dos entrevistados.
A segunda alternativa mais votada pelos internautas foi “nenhuma destas opções”, com 25% de preferência.
“Conversar com amigos”, recebeu 18% dos votos, “olhar vitrines”, 9%, e “visitar um museu”, apenas 6%.
Cerca de 5% dos entrevistados disseram não saber qual das opções escolher.

Fonte: BBC Brasil.

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Coitados dos nossos avós. Aqui.

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Livro publicado nos quarenta anos da encíclica “Humanae vitae” questiona orientações religiosas na área da sexualidade. Ler aqui.

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Divórcio geométrico

A divisão de bens de um casal do Camboja resultou numa casa serrada a meio, na província de Prey Veng.
A solução foi tomada para ‘facilitar’ a separação, evitando o processo burocrático do divórcio (foto: AFP/ Phnom Penh Post )

Fonte: Pavablog.

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Em 2007 foram decretados 25 255 divórcios, um número que tem vindo a aumentar desde 2003. Estes são os dados provisórios de um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A taxa de divórcio é de 2,4 por cada mil habitantes quando, por exemplo, em 2006, era de 2,2 por mil habitantes.

“O casamento é uma instituição baseada nos afectos e a tendência é que quando um ou ambos os cônjuges não se sentem preenchidos partem em busca de outras pessoas”, disse ao CM o psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz . O especialista acredita que a taxa de divórcio vai estagnar: “A certa altura os índices vão estabilizar, mas não acredito que diminua o número de separações”.

Os dados divulgados pelo INE revelam também que há menos casais a oficializarem a sua relação: em 2007 realizaram-se 46 329 casamentos, o número mais baixo desde 2002, ano em que se celebraram 56 457 matrimónios.

“Existe um número muito grande de pessoas que prefere a coabitação ao casamento e esses não entram nas estatísticas. O que está em causa não é o matrimónio mas antes a tentativa de viver a dois”, sublinha Júlio Machado Vaz.

No final de 2007 Portugal contava com uma população de 10 617 575 habitantes, acrescidos de quinhentos mil estrangeiros (446 333).

APONTAMENTOS

TUTELA DOS FILHOS

Em 90 por cento dos casos a custódia é atribuída à mãe. O índice de fecundidade foi de 1,33 crianças por mulher.

MENOS DE 15 ANOS

A duração média do casamento é de 14,3 anos. A idade média ao divórcio ultrapassou os 40 anos.

MAIS MORTES

No ano passado morreram em Portugal 103512 pessoas, enquanto o número de nascimentos não foi além dos 102492. Foi a primeira vez em 90 anos que as mortes superaram os nascimentos.

Fonte: Correio da Manhã.

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Balanço. Observatório regista 31 homicídios conjugais em 2008 e 23 em 2007.

A detenção, ontem, de um homem em Oliveira do Bairro, que ameaçou a esposa com uma caçadeira durante uma discussão eleva para 35 as tentativas de homicídio ocorridas este ano na área da violência doméstica. E, em mais 31 casos, essas tentativas foram concretizadas, o que faz com que já existam mais oito vítimas mortais até Agosto deste ano do que em 2007.

“Um retrocesso” que Artemisa Coimbra, responsável pelo Observatório de Mulheres Assassinadas, tem dificuldade em explicar, até porque o ano passado o número de vítimas mortais tinha baixado para as 23 (39 em 2006 e outras tantas em 2005). E questiona a relação que poderá existir entre a crise económica e os homicídios conjugais, lembrando o ditado popular: “Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão!”

É que muitas das vítimas e dos agressores estavam desempregados quando ocorreu o homicídio. E, este ano, não se verifica uma maioria de homicídios conjugais nos meses de Julho e Agosto, meses de férias, como nos dois anos anteriores, o que reforça a tese de que o desemprego terá contribuído para um aumento de vítimas mortais.

Os dados dos primeiros oito meses de 2008 indicam que as vítimas de violência doméstica e os agressores são cada vez mais novos, quando nos anos anteriores as idades etárias se situavam claramente acima dos 50 anos. E, além das mulheres continuarem a ser vítimas dos maridos e companheiros ou “ex”, estão a sê-lo cada vez mais dos namorados ou “ex”. Os homens não aceitam um pedido de divórcio, a maioria dos casos, o fim da união ou do namoro.

Os dados do Observatório, estrutura criada pela UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), são contabilizados a partir dos casos divulgados na imprensa. Números que para Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), devem ser vistos com cautela. Mas, acrescenta, os estudos que fez em 1996 comparados com registos de 2006 mostram que a violência doméstica “está a ser mais violenta, mais grave”, o que é motivo de preocupação, além de que agora há uma maior visibilidade das situações.

A percentagem de homicídios conjugais entre os homicídios em julgamento aumentou de 15% para 16% em dez anos. “Estamos a apostar na prevenção e vamos realizar uma campanha nacional em Novembro ‘Contra a violência no namoro’. E também estamos a preparar um concurso nas escolas secundárias para os jovens trabalharem esta temática”, anuncia Elza Pais.

Fonte: DN.

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O Presidente da República, Cavaco Silva, devolveu hoje à Assembleia da República, sem promulgação, o diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio, utilizando o chamado “veto político”.

De acordo com o site do chefe do Estado, “o Presidente da República decidiu devolver hoje à Assembleia da República o Decreto nº232/X que aprova o Regime Jurídico do Divórcio, solicitando que o mesmo seja objecto de nova apreciação, com fundamento na desprotecção do cônjuge que se encontre em situação mais fraca – geralmente a mulher – bem como dos filhos menores a que, na prática, pode conduzir o diploma, conforme explica na mensagem enviada aos deputados”.

Num comunicado de cinco pontos, divulgado em http://www.presidencia.pt, Cavaco Silva sublinha que “importa não abstrair por completo da realidade da vida matrimonial no Portugal contemporâneo, onde subsistem múltiplas situações em que um dos cônjuges se encontra numa posição mais débil, não devendo a lei, por acção ou por omissão, agravar essa fragilidade”.

No site está também disponível a mensagem que o Presidente da República dirige ao Parlamento, acompanhando o diploma agora devolvido à Assembleia, onde foi aprovado a 4 de Julho com os votos favoráveis do PS, PCP, BE e Verdes e votos contra do CDS-PP e da maioria da bancada do PSD. Na bancada social-democrata, seis deputados votaram a favor e quatro abstiveram-se.

Defendida manutenção do divórcio culposo

Na mensagem aos deputados, Cavaco Silva defende que, “para não agravar a desprotecção da parte mais fraca, o legislador devia ponderar em que medida não seria preferível manter-se (…) o regime do divórcio culposo”.

“É ainda possível afirmar, com algum grau de certeza, que o desaparecimento da culpa como causa de divórcio não fará diminuir a litigiosidade conjugal e pós-conjugal, existindo boas razões para crer que se irá processar exactamente o inverso”, considera o Presidente.

“Na verdade, é no mínimo singular que um cônjuge que viole sistematicamente os deveres conjugais previstos na lei possa de forma unilateral e sem mais obter o divórcio e, sobretudo, possa retirar daí vantagens aos mais diversos níveis, incluindo patrimonial”, sublinha o Presidente da República.

O chefe de Estado dá mesmo um exemplo, que considera possível com o novo regime jurídico do divórcio: “por exemplo, numa situação de violência doméstica, em que o marido agride a mulher ao longo dos anos – uma realidade que não é rara em Portugal – é possível aquele obter o divórcio independentemente da vontade da vítima de maus tratos”.

“Mais ainda (…), o marido, apesar de ter praticado reiteradamente actos de violência conjugal, pode exigir do outro o pagamento de montantes financeiros”, caso tenha sido o marido a contribuir exclusivamente para as despesas familiares, realça ainda Cavaco Silva.

Crítica a “visão contabilística do matrimónio”

O Presidente chama ainda a atenção para o facto de a nova lei poder forçar a uma “visão contabilística do matrimónio”, em que cada um dos cônjuges “é estimulado a manter uma conta corrente das suas contribuições para os encargos da vida conjugal e familiar”.

Cavaco Silva contesta também que a nova lei pretenda impor na partilha de bens em caso de divórcio um regime diferente daquele que foi escolhido por ambos os nubentes no momento do casamento.

O novo regime jurídico do divórcio, agora vetado, pretende pôr fim ao conceito de divórcio litigioso e acabar com a noção de violação culposa dos deveres conjugais.

De acordo com as mudanças, o divórcio “sem o consentimento de um dos cônjuges” pode ser requerido com base na “separação de facto por um ano consecutivo”, na “alteração das faculdades mentais do outro cônjuge, quando dure há mais de um ano e, pela sua gravidade, comprometa a vida em comum”.

Confirmação pela Assembleia obriga Presidente a promulgar

São ainda fundamentos “a ausência, sem que do ausente haja notícias, por tempo não inferior a um ano” e “quaisquer outros factores que, independentemente da culpa dos cônjuges, mostrem a ruptura definitiva do casamento”.

Alarga-se, no Código Penal, a tipificação da violação do exercício das responsabilidades parentais e alteram o regime sancionatório.

Depois da devolução do diploma, a Assembleia da República pode confirmar o seu voto por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções, caso em que o Presidente da República terá de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da sua recepção.

Fonte: Público.

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Bolo especial para comemorar o divórcio…

Fonte: Pavablog.

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Mas não aconselha… Ler aqui.

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Diferentes visões nacionais sobre o tema dificultam uma opção comum. No DN.

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Especialista defende que, hoje, os jovens aprendem mais sobre sexo do que sobre amor e descreve seis tipos de relações amorosas.

Enche páginas de romances, arranca suspiros a donzelas e tem mesmo a capacidade de tornar o macho mais latino num romântico incurável. Acontece que o amor que os poetas eternizam nos seus textos é um sentimento que, segundo o psicólogo Nélson Lima, Coordenador Nacional do Instituto da Inteligência, se encontra seriamente ameaçado.

«Num mundo em que aumentam os divórcios entre casais, os filhos ficam menos preparados para relacionamentos amorosos duradouros», diz o especialista. Mas não se fica por aqui. Acredita que, hoje, «ensina-se mais sobre as relações sexuais do que sobre as relações amorosas», o que influencia o comportamento dos mais jovens e pode mesmo levar, acredita, a um aumento no número de divórcios, num futuro próximo. Ao limite, é a própria instituição do casamento que está em risco de desaparecer.

Do amor romântico ao altruísta

Nélson Lima garante que se começa a amar cedo e que «o sentimento de amor é favorecido por um ambiente familiar sadio, equilibrado e afectuoso». Por isso, «a forma como se irá amar alguém no futuro dependerá muito das aprendizagens sociais que fará nesta época da vida».

A complexidade do amor ganha ainda outros contornos, já que a a forma como se ama, assegura o especialista, é o resultado, como numa receita, da mistura de vários ingredientes: «personalidade, cultura, educação, etc».

Não é, pois, difícil de perceber que daqui podem resultar diferentes estilos de amor, «compatíveis ou não com do parceiro». O segredo do sucesso de uma relação, desvenda, «depende de como os dois forem capazes de superar lacunas e diferenças».

Para quem não sabe, há então o estilo «romântico», que «envolve paixão, unidade, atracção sexual». Segue-se o «possessivo, destabilizador», bem diferente do «estilo cooperativo, que nasce geralmente de uma amizade anterior e antiga».

Os mais práticos professam «o pragmático», mas há ainda «o lúdico, baseado na conquista e na busca de emoções passageiras» e, finalmente, «o altruísta», em que um dos elementos «dispõe-se a anular-se perante o outro».

Fonte: Destak.

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Será que uma lei do divórcio pode proteger a Família? Aqui.

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A actual crise financeira propicia o aumento dos divórcios, com os cônjuges a tentar chegar a consenso antes que a situação piore, que reduza os salários dos parceiros ou os lance no desemprego.

Segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, a conclusão é de um estudo feito por um escritório de advocacia londrino.

O estudo – que abrangeu 100 operadores e corretores da Bolsa – mostrou que 79% dos entrevistados acreditam que a probabilidade dos casamentos acabarem é maior em períodos de recessão.

Um quinto dos participantes conhece pelo menos uma pessoa que preencheu os papéis do divórcio desde o início da crise e um em cada dez está preocupado com a hipótese do parceiro já estar à procura de advogado.

O estudo divulgado sexta-feira pelo escritório de Direito familiar Mishcon de Reya refere que 54% dos profissionais que trabalham no centro financeiro consideram que os seus empregos estão mais vulneráveis do que há um ano.

Para Sandra Davis, que tratou dos divórcios da princesa Diana, da modelo Jerry Hall e do futebolista Thierry Henry, a falta de dinheiro dificulta as conciliações.

O inquérito revelou ainda que 60% dos entrevistados pediram aos cônjuges para reduzirem os gastos, e 19% afirmaram que os parceiros se recusaram a poupar.

Os dados estatísticos revelam que a taxa de divórcio em Inglaterra e no País de Gales caiu 7% em 2006, a mais taxa baixa desde 1984.

Fonte: DD.

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Os homens podem também ter um relógio biológico e começar a perder a fertilidade a partir dos 30 anos, sugere uma pesquisa apresentada durante a Conferência Europeia de Fertilidade, em Barcelona, na Espanha.
Os pesquisadores analisaram cerca de 12 mil casais em tratamento para infertilidade e observaram que a qualidade do sémen começa a deteriorar a partir dos 35 anos e cai de maneira significativa após os 40 anos de idade.
Segundo o estudo, o índice de gravidez por ciclo de tratamento cai de 13,6% entre os casais com homens na faixa etária do início dos 30, para 9,3% entre aqueles com mais de 45 anos. Os pesquisadores analisaram também a idade das mulheres. No entanto, o estudo sugere que a queda no índice de fertilidade estava associada com a idade dos homens e não das suas parceiras.
Apesar dos resultados, os pesquisadores ainda não sabem identificar os mecanismos que levam à queda na fertilidade. Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é a de que o ADN contido no sémen dos homens mais velhos pode ser mais danificado e, por isso, rejeitado pelo óvulo das suas parceiras.
Os pesquisadores analisaram casais que estavam fazendo tratamento no Centro Eylau de Reprodução Assistida, em Paris, entre Janeiro de 2002 e Dezembro de 2006. Os casais tinham feito inseminação artificial ou intra-uterina – técnica na qual o sémen é inserido no útero da mulher quando ela está ovulando. Esse processo é usado no caso de casais em que as mulheres não têm problemas de fertilidade e é considerado menos invasivo que a fertilização in vitro.
Os pesquisadores analisaram o sémen dos homens em algumas características como quantidade, habilidade de locomoção, tamanho e formato. Além disso, os cientistas registaram os índices de gravidez, aborto natural e nascimentos.
O estudo indica que a idade da mãe teve um impacto no caso de mulheres acima dos 35 anos. As mulheres dessa faixa etária tinham mais probabilidades de ter um aborto e também menor taxa de concepção. No entanto, os cientistas observaram ainda que, quando o pai estava na faixa etária de mais de 30 anos, os abortos eram mais comuns do que entre os casais com homens mais novos.
De acordo com a pesquisa, se o homem tivesse mais de 40 anos, as probabilidades de a mulher engravidar eram ainda menores. No caso desses casais, cerca de 27% das gestações acabavam em aborto e apenas 10% dos tratamentos resultavam em gravidez.
De acordo com Stephanie Belloc, que apresentou o estudo durante a conferência, a pesquisa “tem implicações importantes para os casais que estão esperando para formar uma família”. Ela afirma que casais devem tentar a fertilização in vitro (FIV), técnica na qual o óvulo é fertilizado em laboratório, quando a membrana do óvulo parece estar bloqueando o sémen com ADN danificado e usar a fertilização intra-uterina quando o melhor esperma pode ser seleccionado para o uso no tratamento.
“Esses métodos, apesar de não serem garantia de sucesso, podem ajudar os casais com homens mais velhos a conseguirem engravidar suas parceiras de modo mais rápido e também reduzir o risco de aborto”, disse Belloc. Para o especialista em fertilidade da Universidade de Sheffield e secretário da Sociedade Britânica de Fertilidade, Alan Pacey, há cada vez mais provas de que o homem não está imune à perda de fertilidade pela idade.
“Estudos anteriores com casais que estavam tentando engravidar naturalmente ou através da fertilização in vitro já indicaram que homens acima dos 40 anos são menos férteis do que os mais novos. Além disso, quando conseguem engravidar suas parceiras, há mais probabilidades de aborto”, afirmou. “Esse estudo reforça a mensagem de que os homens não estão isentos da perda de fertilidade”, concluiu.

Fonte: Diário dos Açores.

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Casais que tentam ter um bebé quando o homem está acima dos 40 anos terão mais dificuldade em conceber do que se ele for mais jovem, disseram investigadores franceses numa conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia

Os médicos sabem que a idade da mulher é um fator importante, mas a descoberta indica que o impacto da idade do pai é mais forte do que se pensava anteriormente, disseram a investigadora Stéphanie Belloc e os seus colegas.

«Os nossos dados apresentam provas pela primeira vez de um forte efeito parental sobre os resultados da inseminação intrauterina (IUI) tanto nas taxas de gravidez como nas taxas de aborto espontâneo», disseram Belloc e sua equipa do Centro Eylau para a Reprodução Assistida, da França.

Outras pesquisas indicaram haver declínio na contagem de esperma e na sua qualidade à medida que o homem envelhece, mas até hoje havia poucas comprovação clínica de que o simples facto de o homem ser mais velho tivesse tão grande efeito na fertilidade, disseram os pesquisadores.

A equipa francesa analisou amostras recolhidas junto de mais de 21.000 inseminações intrauterinas, como são chamadas, nas quais o esperma é lavado ou processado numa centrifugadora para separá-lo do fluido seminal e depois inserido directamente no útero.

A equipa examinou a qualidade do esperma e depois rastreou as taxas de gravidez, aborto e nascimentos. Assim descobriu que o impacto paternal em abortos espontâneos era muito maior quando o homem passava dos 40 anos, disse Yves Menezo, que participou do estudo.

Como era esperado, mulheres mais velhas têm menos probabilidade de engravidar e sofrem mais abortos espontâneos do que as mais jovens, mas surpreendentemente o risco de perda da criança é também muito maior em casais nos quais o homem tem mais de 40 anos, alcançando quase 35 por cento. O risco de perda para um homem com menos de 30 anos é de 10 a 15 por cento, acrescentou Menezo.

«Sabíamos que o pai tinha influência nisso, mas não esperávamos encontrar estas taxas de aborto espontâneo», disse ele, por telefone.

Os cientistas disseram que uma relação entre a idade do homem e a deterioração do DNA em esperma, que o leva a fragmentar-se, poderia ser a provável explicação, embora eles ainda não saibam exactamente por que é que isso acontece.

Fonte: Reuters / SOL.

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Olha se a moda pega… Aqui.

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Segundo estudo da Universidade Nova, os diabéticos casados controlam melhor a glicemia. Aqui.

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Um estudo de cientistas americanos indicou que casamentos têm mais chance de dar certo quando a mulher é mais bonita que o homem.

A pesquisa, conduzida por uma equipe de psicólogos da Universidade do Tennessee, analisou como a diferença entre o “nível de atratividade” dos parceiros se relaciona com a satisfação de um casal.

Através de entrevistas com cerca de 80 casais recém-casados, os cientistas perceberam que a beleza teve efeitos “robustos e universalmente positivos” no início dos relacionamentos.

Mas, nos casamentos que se seguiram, “os homens mais bonitos estavam menos satisfeitos”, eles escreveram, em um artigo publicado na revista científica Journal of Family Psychology.

“Os homens mais bonitos que suas parceiras demonstraram tendência a oferecer menos apoio emocional e prático às suas mulheres”, avaliou o professor James McNulty, que coordenou o estudo, segundo o jornal britânico Daily Mail.

“Homens mais bonitos têm à disposição mais possibilidades de relacionamentos de curto prazo, o que os torna menos satisfeitos e comprometidos com o relacionamento.”

No artigo, os pesquisadores afirmam que níveis similares de beleza foram importantes no início do relacionamento – mas foram perdendo importância à medida que a relação evoluía.

Segundo eles, “ambos os parceiros se comportaram mais positivamente em relacionamentos em que as mulheres eram mais atraentes que seus maridos, e negativamente nos relacionamentos em que os homens eram mais atraentes que suas mulheres”.

Fonte: BBC Brasil.

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Os casamentos felizes são bons para a tensão arterial, revela um novo estudo recentemente publicado, indicando que um matrimónio infeliz pode fazer pior à saúde do que estar-se solteiro.

A investigação, conduzida pela profesora Julianne Holt-Lunstad, da Universidade Bringham Young (Estados Unidos) e publicada na revista Annals of Behavioral Medicine, sustenta que os «bem» casados, tanto homens como mulheres, têm em média menos quatro pontos de tensão relativamente aos solteiros, mesmo quando estes têm um importante apoio de familiares e amigos.

O estudo refere ainda que a pressão sanguínea nos casais felizes baixa mais à noite do que nos solteiros.
Segundo os médicos, as pessoas cuja tensão arterial permanece alta durante a noite têm mais probabilidades de sofrer acidentes cardiovasculares.

O estudo conclui que os casais infelizes, em contrapartida, têm em média tensão mais elevada do que os solteiros.

A investigação abrangeu uma amostra de 204 pessoas casadas e 99 solteiros adultos.

Fonte: Diário Digital / Lusa.

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Os homens que partilham as tarefas domésticas melhoram a harmonia conjugal e podem ter uma vida sexual mais satisfatória, revela um estudo norte-americano. «Em suma, mais homens a executarem tarefas domésticas, mais mulheres ficam felizes», explicou Scott Coltrane, sociólogo da Universidade de Riverside, na Califórnia, e co-autor do estudo.
«Quando os homens fazem trabalhos em casa, a percepção das mulheres relativa à igualdade e à satisfação matrimonial aumentam e o casal passa por menos conflitos«, adianta o estudo.

O psicólogo Joshua Coleman, membro do Conselho de Famílias, defende no portal da instituição que a partilha das tarefas domésticas por parte do homem está associada «a um nível mais elevado de satisfação matrimonial» e, «por vezes, de relações sexuais também».
«As mulheres dizem sentir mais atracção sexual e carinho pelos seus maridos se eles participarem nas tarefas domésticas», explicou o especialista, ressalvando que passar mais tempo com as crianças pode fazer mal à intimidade do casal.

Fonte: Diário Digital / Lusa.

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Os homens portugueses a partir da meia-idade estão mais insatisfeitos com a actividade sexual do que as mulheres, mas estas recusam-se com frequência ao acto, revela um estudo hoje apresentado numas jornadas médicas em Coimbra.

Num estudo realizado pela médica Rosa Costa através de inquérito anónimo a 143 utentes com mais de 40 anos do Centro de Saúde Fernão de Magalhães, em Coimbra, na segunda quinzena de Janeiro último, 65% dos homens revela-se insatisfeito com a sua vida sexual. A insatisfação apenas é assumida por 39% das companheiras.

No entanto, o trabalho hoje apresentado nas V Jornadas de Urologia de Coimbra em Medicina Familiar, e que incidia sobre a actividade sexual do último mês dos inquiridos, revela que 40% das mulheres recusam-se a ter relações sexuais, enquanto nos companheiros a taxa é de 20%.

Também são os homens a assumir que desejavam ter mais relações sexuais, 71%, o dobro das companheiras inquiridas. Também são os parceiros do sexo masculino a ter mais desejos e fantasias sexuais, em 56% dos casos, contra 44% das mulheres.

Metade dos homens recorre também à satisfação solitária através da masturbação. As mulheres que assumem praticar a masturbação rondam os 24%. Também são os homens que mais assumem atingir a satisfação total com o acto sexual, o orgasmo, 76%, contra 61% das mulheres.

Cerca de 80% dos homens assume que toma a iniciativa de ter relações sexuais e 54 das mulheres também assume fazê-lo.

Quanto à auto-análise do outro, 41% dos homens considera que a sua companheira está sexualmente insatisfeita e 36% das mulheres também julga que o companheiro não está sexualmente satisfeito. Ambos julgam que o companheiro/a deseja intensificar a actividade sexual (34% dos homens e 43% das mulheres).

Do universo dos 143 inquiridos, 17% não praticaram relações sexuais no último mês. Do total dos participantes no estudo, 75% tiveram companheiro sexual no último mês e 90% destes tiveram contactos sexuais. Em 53% dos casos os inquiridos afirmaram praticar relações sexuais com o actual companheiro há mais de 10 anos.

Quanto à importância que atribuem ao acto sexual, apenas 22% não o consideram importante, dividindo-se a meio aqueles que o consideram muito importante ou importante no seu quotidiano.

Para Rosa Costa, médica interna da especialidade de medicina geral e familiar, uma das conclusões do estudo é que de um modo geral mais de metade dos inquiridos revela insatisfação sexual.

«Se é tão importante, e estão insatisfeitos, poderá estar a falhar o diálogo entre o casal. Um não sabe o que o outro quer», frisou em declarações à Agência Lusa, realçando serem os homens que revelam dar mais sinais de empenhamento em alcançar um nível de satisfação sexual satisfatório.

São os homens que tomam a iniciativa mais vezes, que mais praticam a masturbação, que mais desenvolvem fantasias e que mais expressam o desejo de aumentar a frequência sexual. São as mulheres que mais recusam ocasionalmente o contacto íntimo e, por esse facto, não contribuem para a melhoria da convívio sexual, realça a autora do trabalho.

Fonte: Destak / Lusa.

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Cientistas da Universidade de Virgínia, nos EUA, estão a testar um viagra feminino para aumentar a libido nas mulheres. O novo fármaco já tem nome, LibiGel, e data prevista para início de comercialização: 2010. Ou seja, daqui a somente dois anos este gel pode começar a ser prescrito para mulheres que sofram de desejo sexual hipoactivo, um problema que atinge um terço das norte-americanas. Leia aqui.

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O aumento dos divórcios em todo o mundo tem trazido um impacto negativo ao ambiente, indica um estudo hoje publicado pela Universidade do Michigan, nos Estados Unidos.
«O divórcio geralmente provoca a mudança de uma das pessoas e a montagem de uma nova casa, o que implica o aumento do uso da terra e de materiais utilizados nas casas», refere.
O aumento das taxas de divórcio «conduz a um aumento do número de residências», o que incrementa o consumo energético, constataram os investigadores.

Nos Estados Unidos, o número de casas que pertence a pessoas divorciadas aumentou de 5%, em 1970, para 15%, em 2000. Também foi constatado um iaumento dos divórcios na China, onde as separações não eram tão frequentes, destaca o estudo.
Em 2005, os divorciados norte-americanos gastaram nas suas casas cerca de 56% a mais de electricidade e água por pessoa do que as pessoas casadas, e utilizaram 61% a mais de recursos energéticos por pessoa que antes da separação.

Se as casas dos divorciados funcionassem com uma eficiência semelhante à dos casados, poderiam ser economizados, nos Estados Unidos, «mais de 73 mil milhões de quilowatts/hora de electricidade e 2,3 mil milhões de litros de água», acrescenta o estudo publicado nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Os investigadores analisaram 3.283 residências nos Estados Unidos entre 2001 e 2005.
«Devido a um maior consumo por pessoa, um indivíduo numa casa de divorciado também pode gerar mais resíduos (sólidos, líquidos e gasosos, como os gases de efeito estufa) que contribuem para as alterações do ambiente, como as mudanças climática e a perda de biodiversidade», indica o estudo.

Fonte: Diário Digital.

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O programa de incentivo à natalidade recentemente criado pelo Governo não é a solução para as famílias portuguesas terem mais filhos. Pelo menos é nisto que acreditam 51,3% dos entrevistados da sondagem CM/Aximage.
Com o objectivo de combater o decréscimo da taxa de natalidade, o Governo anunciou, em Junho deste ano, a adopção de políticas que visam incentivar as famílias a terem mais filhos. Entre as medidas da nova legislação, que entrou em vigor em Outubro, estão os aumentos em seis meses no apoio financeiro à gravidez e no abono de família. O programa de incentivos, porém, parece não ter convencido, pelo menos 51,3% dos portugueses, que partilham da opinião de que as medidas não vão fazer com que as famílias tenham mais filhos, contra 37,6% que acredita que a nova legislação pode fazer a diferença. Dos entrevistados, 11,1% não tem opinião.
Portugal é actualmente o país com a mais baixa natalidade da Europa. Trata-se de um cenário preocupante que tem tido reflexo nos discursos do Presidente da República. “Um país sem crianças é um país sem futuro”, advertiu Cavaco Silva a semana passada durante uma visita à Guarda. Também o CDS-PP alertou para a problemática na mesma altura.

Fonte: CM.

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Que é que se passa com as mulheres britânicas?

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Afinal o casamento faz bem à saúde. Pelo menos é a conclusão de uma pesquisa recente.

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Casamentos a prazo

Aquilo que se dizia por brincadeira, que os casamentos deviam ser por um determinado período de tempo, renovável ou não, aparece agora em forma de projecto de lei, por uma deputada alemã. Não é anedota, não, é coisa séria. Pelo menos pretende ser.

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Tendo em conta o que se pode observar à nossa volta, no dia a dia, a pergunta que titula este artigo pode ser considerada perfeitamente normal e adequada.
Em tempos não se colocava sequer a ideia do casamento romântico. As pessoas casavam por interesse. As famílias planeavam os enlaces matrimoniais com muita antecedência (ainda na infância dos principais interessados), sempre na óptica de não deixar que a riqueza acumulada saísse fora do controlo familiar, e também na perspectiva de reforçar as alianças políticas e a posição junto do poder.
De resto, tal coisa sucede ainda hoje, mas não no mundo ocidental, onde a ideia passou a ser considerada repugnante, em especial no último século, como consequência da dignificação da mulher e do respeito pelos direitos humanos.
O que acontece é que, por aqui, se chegou ao extremo oposto, isto é, banalizou-se a palavra e o conceito de amor. Há os que confundem o amor que se faz com o amor que se tem. Há homens que consideram o amor romântico como coisa de mulheres e de poetas. E há quem não acredite em nada disso.
Com a crise do casamento que se verifica em todo o mundo ocidental, a infantilização da juventude, que casa cada vez mais tarde, o decréscimo da celebração dos contratos matrimoniais, o crescimento exponencial dos divórcios, e a alternativa da união de facto, o amor entre um homem e uma mulher passou a ser considerado uma coisa volátil, que nunca se sabe quanto dura, que pode aparecer num dia e desaparecer no outro.

Investimento
A desresponsabilização dos parceiros na relação conjugal é quase total. As pessoas parece não compreenderem que uma relação necessita de ser alimentada por actos de amor, como uma planta não sobrevive se não for regada e cuidada.
Investir na relação é uma necessidade imperiosa. Ninguém pode prescindir de o fazer, caso contrário ela definhará inexoravelmente.

Vidas separadas
Outra moda são as vidas separadas de quem tem um compromisso de vida com o parceiro.
Em vez de partilha verifica-se a reserva de parte a parte, em vez de cooperação vê-se competição, em vez de “serem uma só carne”, são apenas dois, que vivem lado a lado, até um dia em que se chegue à conclusão de que já não dá.
Uma relação assente em bases tão pouco sólidas não pode esperar um grande futuro. É que as pessoas têm sentimentos, precisam de se dar a alguém que as respeite, compreenda e ame. Faz parte da natureza humana. A partilha conjugal e familiar não é uma opção, é uma necessidade intrínseca do ser humano. Foi assim que Deus nos fez.

Fonte: Brissos Lino na revista “Sexto Sentido”.

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Desta ainda o Ministério das Finanças não se lembrou. Mas seria um excelente método para equilibrar o défice…

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O homem português está em fase de mudança de paradigma. Tem consciência de que o seu papel já não corresponde ao tradicional papel do macho do passado, mas ainda não sabe gerir a sua nova posição no contexto familiar. Um estudo recente, agora em fase de divulgação pública,vem confirmar esta percepção.

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Já existe na internet um site dedicado a facilitar a vida aos adúlteros. Trata-se de um serviço pago e confidencial. Aqui. É a mentira e a falsificação institucionalizada, ao serviço do adultério.

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